Considere um circuito RLC no qual o resistor, o indutor e o capacitor estão conectados em paralelo. Esta combinação paralela é alimentada por uma tensão de fornecimento, VS. Este circuito RLC paralelo é exatamente oposto ao circuito RLC série.
No circuito RLC série, a corrente que flui através dos três componentes, ou seja, o resistor, o indutor e o capacitor, permanece a mesma, mas no circuito paralelo, a tensão em cada elemento permanece a mesma e a corrente se divide em cada componente dependendo da impedância de cada componente. É por isso que o circuito RLC paralelo é dito ter uma relação dual com o circuito RLC série.
A corrente total, IS, retirada do fornecimento é igual à soma vetorial das correntes resistiva, indutiva e capacitiva, não a soma matemática das três correntes individuais, pois as correntes fluindo no resistor, indutor e capacitor não estão na mesma fase entre si; portanto, não podem ser somadas aritmeticamente.
Aplique a lei de corrente de Kirchhoff, que afirma que a soma das correntes entrando em uma junção ou nó é igual à soma das correntes saindo desse nó, obtemos,
Seja V a tensão de fornecimento.
IS é a corrente total de fonte.
IR é a corrente fluindo através do resistor.
IC é a corrente fluindo através do capacitor.
IL é a corrente fluindo através do indutor.
θ é o ângulo de fase entre a tensão de fornecimento e a corrente.
Para desenhar o diagrama fasorial do circuito RLC paralelo, a tensão é tomada como referência, pois a tensão em cada elemento permanece a mesma e todas as outras correntes, IR, IC, IL, são desenhadas em relação a este vetor de tensão. Sabemos que, no caso do resistor, a tensão e a corrente estão na mesma fase; portanto, desenhe o vetor de corrente IR na mesma fase e direção da tensão. No caso do capacitor, a corrente antecede a tensão por 90o, então, desenhe o vetor IC antecipando o vetor de tensão, V, por 90o. Para o indutor, o vetor de corrente IL atrasa a tensão por 90o, então, desenhe IL atrasando o vetor de tensão, V, por 90o. Agora, desenhe o resultado de IR, IC, IL, ou seja, a corrente IS, com um ângulo de fase θ em relação ao vetor de tensão, V.

Simplificando o diagrama fasorial, obtemos um diagrama fasorial simplificado à direita. Neste diagrama fasorial, podemos facilmente aplicar o teorema de Pitágoras e obtemos,
Do diagrama fasorial do circuito RLC paralelo, obtemos,
Substituindo os valores de IR, IC, IL na equação acima, obtemos,![]()
Ao simplificar,![]()
Como mostrado na equação de impedância, Z, de um circuito RLC paralelo, cada elemento tem o recíproco da impedância (1/Z), ou seja, admitância, Y. Para resolver o circuito RLC paralelo, é conveniente se encontrarmos a admitância de cada ramo e a admitância total do circuito pode ser encontrada simplesmente adicionando a admitância de cada ramo.
No circuito RLC série, considera-se a impedância, mas, como mencionado na introdução sobre o circuito RLC paralelo, é exatamente o oposto do circuito RLC série; portanto, no circuito RLC paralelo, consideraremos a admitância. A impedância Z tem dois componentes: resistência, R, e reatância, X. Da mesma forma, a admitância também tem dois componentes, como condutância, G (recíproca da resistência, R) e susceptância, B (recíproca da reatância, X). Portanto, o triângulo de admitância do circuito RLC paralelo é completamente oposto ao triângulo de impedância em série.