Em operações diárias, é inevitável encontrar diversos defeitos de equipamentos. Sejam os técnicos de manutenção, o pessoal de operação e manutenção, ou o pessoal de gestão especializada, todos devem compreender o sistema de classificação de defeitos e adotar medidas apropriadas conforme as diferentes situações.
De acordo com Q/GDW 11024-2013 "Guia de Operação e Manutenção para Dispositivos de Proteção Relé e Dispositivos de Segurança Automática em Subestações Inteligentes", os defeitos de equipamento são classificados em três níveis com base na gravidade e na ameaça que representam para a operação segura: críticos, sérios e gerais.
1. Defeitos Críticos
Defeitos críticos referem-se àqueles com natureza grave e condições urgentes que ameaçam diretamente a operação segura. Medidas de emergência devem ser tomadas imediatamente, e recursos organizados para eliminá-los. Defeitos críticos incluem:
a) Falha do transformador eletrônico (incluindo unidade de aquisição);
b) Falha da unidade de fusão;
c) Falha do terminal inteligente;
d) Falha do switch de rede de camada de processo;
e) Falha do dispositivo de proteção ou retirada anormal;
f) Canal de proteção direta anormal com incapacidade de enviar/receber dados;
g) Interrupção de SV, GOOSE e alterações anormais no estado das entradas que podem causar operação incorreta da proteção;
h) Desconexão do circuito de controle ou perda de alimentação DC no circuito de controle;
i) Outras situações que ameaçam diretamente a operação segura.
2. Defeitos Sérios
Defeitos sérios referem-se àqueles com condições graves mostrando tendências de deterioração que afetam a operação correta da proteção, representando ameaças à segurança da rede elétrica e dos equipamentos, podendo causar acidentes. Para defeitos sérios, pode-se solicitar a retirada da proteção correspondente quando o pessoal de manutenção especializado chegar ao local. Durante o período antes do tratamento do defeito, os operadores no local devem reforçar a monitorização e tomar medidas oportunas quando existirem riscos de operação incorreta da proteção. Defeitos sérios incluem:
a) Aumento de atenuação nos canais de proteção direta excedendo 3dB; perda significativa de quadros nos canais de proteção direta;
b) Dispositivo de proteção emitindo apenas sinais anormais ou de alarme sem bloquear a proteção;
c) Falha ou perda de energia do gravador de falhas ou do analisador de rede de camada de processo;
d) Luzes indicadoras na caixa de operação não acesas, mas sem sinal de desconexão do circuito de controle;
e) Relatórios de acidente incompletos ou ausentes após a operação do dispositivo de proteção;
f) Sinais locais normais, mas sinais de fundo ou centrais anormais;
g) Interrupção de comunicação de informações de proteção em estações não tripuladas;
h) Entradas de contatos auxiliares anormais dos disjuntores de proteção de barramento, mas sem afetar a operação correta da proteção de barramento;
i) Anomalias de comunicação entre a subestação e a estação principal do sistema de informações de falhas de proteção relé, entre a subestação e os dispositivos de proteção, entre a subestação e o sistema de monitoramento integrado, bem como anomalias de auto-verificação da subestação;
j) Defeitos que ocorrem frequentemente, mas se recuperam automaticamente;
k) Outras situações que possam afetar a operação correta da proteção.
3. Defeitos Gerais
Defeitos gerais referem-se a aqueles que não são críticos ou sérios, com natureza comum, condições relativamente leves, permitindo que a proteção continue operando com impacto mínimo na operação segura. Defeitos gerais incluem:
a) Hora inacurada ou relógio não calibrável nos dispositivos de proteção;
b) Contato ruim dos botões nos painéis de proteção;
c) Display de cristal líquido anormal nos dispositivos de proteção;
d) Interrupção de comunicação de informações de proteção em estações tripuladas;
e) Defeitos ocasionais que se recuperam automaticamente;
f) Outros defeitos com impacto mínimo na operação segura.