Por Oliver, 8 Anos na Indústria Elétrica
Olá a todos, sou Oliver e trabalho na indústria elétrica há 8 anos.
Desde os primeiros dias fazendo comissionamento de equipamentos em subestações até agora gerenciando configurações de proteção e medição para sistemas de distribuição inteiros, um dos dispositivos mais frequentemente usados no meu trabalho tem sido o Transformador de Corrente (TC).
Recentemente, um amigo que está começando me perguntou:
“Como você testa transformadores de corrente? Existe uma maneira simples e eficaz de saber se estão funcionando corretamente?”
Ótima pergunta! Muitas pessoas pensam que testar TCs requer equipamentos complexos e procedimentos rigorosos, mas a verdade é — muitos problemas comuns podem ser identificados com habilidades e ferramentas básicas.
Hoje, vou compartilhar com vocês, em linguagem simples — baseado na minha experiência nos últimos anos —, como:
Testar transformadores de corrente, reconhecer falhas comuns e o que observar durante a manutenção ou inspeção.
Sem jargões, sem normas intermináveis — apenas conhecimento prático que você pode usar todos os dias.
1. O Que É Exatamente um Transformador de Corrente?
Antes de mergulharmos nos testes, vamos recapitular rapidamente seu papel.
Um transformador de corrente atua como um tradutor no sistema de energia — ele converte grandes correntes primárias em menores correntes secundárias que podem ser usadas com segurança por relés de proteção, instrumentos de medição e dispositivos de medição.
Geralmente é instalado em quadros de distribuição, linhas de saída de transformadores ou em linhas de transmissão. Ele forma a base tanto da proteção quanto da medição.
Portanto, se o TC falhar, sua proteção pode não funcionar e sua medição será imprecisa.
2. Sete Falhas Comuns em Transformadores de Corrente
Com base na minha experiência de 8 anos em campo e resolução de problemas, esses são os problemas mais comuns que você encontrará com TCs:
2.1 Circuito Secundário Aberto — O Problema Mais Perigoso!
Esta é uma das falhas mais comuns e perigosas em TCs.
Em operação normal, o lado secundário deve estar fechado. Se ficar aberto, podem ocorrer tensões perigosamente altas — às vezes milhares de volts — que podem colocar em risco a segurança das pessoas e danificar equipamentos.
Sintomas típicos:
Estalidos ou sons de arco elétrico;
Medidores mostram leituras nulas ou erráticas;
Mal funcionamento ou falha de operação da proteção;
Superaquecimento do TC ou até mesmo fumaça.
Por que isso acontece?
Terminais soltos;
Fiação quebrada ou desconectada;
Falha na bobina do relé;
Esquecer de curto-circuitar durante a manutenção.
Minha recomendação:
Sempre faça o curto-circuito do secundário antes de qualquer inspeção sob carga;
Use terminais de teste dedicados;
Verifique regularmente a firmeza do bloco de terminais.
2.2 Polaridade Incorreta — O Assassino Oculto
Polaridade errada pode levar a:
Direção incorreta do fluxo de potência;
Alarmes falsos de proteção diferencial;
Leituras inversas nos medidores;
Lógica de proteção confusa.
Como isso acontece?
Erro de fiação durante a instalação;
Falta de reteste após substituição;
Condutor primário instalado na direção errada.
Como verificar:
Método DC: Bateria + multímetro conectados momentaneamente;
Ou use um teste de polaridade;
Em operação, verifique a direção do fluxo de potência.
2.3 Desajuste de Razão — Afecta a Precisão da Medição
Se a razão real não corresponder à placa de identificação, causa erros de medição.
Exemplo: Um TC com classificação de 100/5 mostra apenas 4,7A de saída — significando que a razão real é maior do que a indicada, resultando em leituras de energia subestimadas.
Causas:
Tolerância de fabricação;
Saturação do núcleo;
Número incorreto de voltas primárias;
Carga secundária alta causando queda de precisão.
Métodos de teste:
Use um teste de razão de TC;
Ou aplique corrente primária e meça a secundária;
Compare com os dados da placa de identificação.
2.4 Características de Excitação Pobres — Impacta a Confiabilidade da Proteção
Especialmente para TCs de grau de proteção, desempenho de excitação pobre pode causar atraso ou falha na proteção.
O que são características de excitação? Em termos simples, é a curva de magnetização do núcleo sob diferentes tensões — mostrando seu intervalo linear e ponto de saturação.
Como testar:
Use um teste de características de excitação;
Verifique se a tensão de joelho atende aos requisitos de configuração de proteção;
5P10, 5P20, etc., devem atender a certas tensões mínimas de joelho.
2.5 Envelhecimento ou Dano por Umidade — Especialmente em Ambientes Hostis
Em ambientes úmidos, empoeirados ou quentes, TCs podem sofrer degradação de isolamento ou umidade interna.
Sintomas:
Redução da resistência de isolamento;
Aumento de descargas parciais;
Aquecimento ou cheiro estranho;
Falha no teste de resistência dielétrica.
Soluções:
Teste regular de resistência de isolamento;
Tratamento de secagem ou substituição de vedantes;
Considere aquecedores em áreas tropicais;
Assegure o selamento adequado do gabinete.
2.6 Dano Mecânico ou Deformação — Causado por Forças Externas
Às vezes, danos físicos ao corpo do TC ou deformação do condutor primário afetam o desempenho.
Causas comuns:
Instalação inadequada;
Impacto durante o manuseio;
Vibração de operações de chaveamento;
Corrosão causando distorção estrutural.
Métodos de teste:
Inspeção visual da carcaça;
Verifique condutores primários dobrados;
Meça o diâmetro do orifício do núcleo para ajuste;
Rep