Os quanta de energia são as menores unidades de energia que podem ser transferidas ou trocadas em processos físicos. Eles são os blocos de construção da física quântica, que descreve o comportamento da matéria e energia no nível subatômico. Os quanta de energia também são conhecidos como quanta, quantum ou pacotes de energia.
A física quântica surgiu no início do século 20 como um novo ramo da física que desafiou a física clássica de Newton e Maxwell. A física clássica não podia explicar alguns fenômenos, como a emissão de luz de objetos aquecidos, a estabilidade dos átomos, e os padrões discretos das linhas espectrais. A física quântica introduziu o conceito de quantização, o que significa que algumas propriedades físicas só podem assumir valores discretos, em vez de contínuos.
Neste artigo, exploraremos a origem e a importância dos quanta de energia, e como eles se relacionam com a luz, átomos e radiação.
Um dos problemas enfrentados pela física clássica era explicar a estrutura e o comportamento dos átomos. De acordo com a física clássica, um átomo consiste em um núcleo positivamente carregado cercado por elétrons negativamente carregados que orbitam ao seu redor como planetas ao redor do sol. A força que mantém os elétrons em suas órbitas é o equilíbrio entre a força de Coulomb, que os atrai para o núcleo, e a força centrífuga, que os empurra para longe.
No entanto, este modelo tinha um grande defeito: de acordo com a teoria eletromagnética clássica, uma partícula carregada acelerada emite radiação eletromagnética. Isso significa que um elétron em órbita deveria perder energia e espiralar para dentro do núcleo, o que tornaria os átomos instáveis e colapsados. Isso obviamente não acontece na realidade, então a física clássica não podia explicar a estabilidade dos átomos.
Outro problema enfrentado pela física clássica era explicar a emissão de luz de objetos aquecidos, conhecida como radiação de corpo negro. De acordo com a física clássica, um corpo negro é um objeto ideal que absorve toda a radiação incidente e emite radiação em todas as frequências dependendo de sua temperatura. A intensidade da radiação emitida deveria aumentar continuamente com a frequência, de acordo com uma fórmula derivada por Rayleigh e Jeans.
No entanto, esta fórmula previu que um corpo negro emitiria quantidades infinitas de energia em altas frequências, o que contradizia as observações experimentais. Este paradoxo foi conhecido como a catástrofe ultravioleta, pois implicava que um corpo negro emitiria mais radiação ultravioleta do que luz visível.
A física clássica falhou em explicar esses fenômenos porque presumiu que a energia poderia ser transferida ou trocada em qualquer quantidade, independentemente de sua frequência ou comprimento de onda. No entanto, essa suposição acabou sendo errada quando a física quântica introduziu o conceito de quanta de energia.
O conceito de quanta de energia foi proposto pela primeira vez por Max Planck em 1900, quando ele estava estudando a radiação de corpo negro. Para resolver a catástrofe ultravioleta, ele sugeriu que a energia só pode ser emitida ou absorvida em pacotes discretos, em vez de continuamente. Ele chamou esses pacotes de “quanta” ou “elementos de energia”, e relacionou sua energia à sua frequência por uma fórmula simples:
E = hf
Onde E é a energia de um quantum, f é sua frequência, e h é uma constante que agora é conhecida como constante de Planck (6,626 x 10^-34 J s).
A fórmula de Planck implicava que um corpo negro só poderia emitir certas frequências de radiação dependendo de sua temperatura e que frequências mais altas requerem maiores quantidades de energia. Isso explica por que um corpo negro não emite quantidades infinitas de radiação ultravioleta, porque precisaria de quantidades infinitas de energia para fazê-lo.
A ideia de Planck foi revolucionária porque sugeriu que a energia é quantizada, o que significa que só pode assumir valores discretos que são múltiplos da constante de Planck. Isso contradiz a física clássica, que presumiu que a energia poderia assumir qualquer valor.
A ideia de Planck foi posteriormente apoiada por Albert Einstein em 1905, quando ele explicou outro fenômeno que a física clássica não podia: o efeito fotoelétrico.
O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons de uma superfície metálica quando ela é exposta à luz. De acordo com a física clássica, o número e a energia dos elétrons emitidos deveriam depender da intensidade e do comprimento de onda da luz, respectivamente.
No entanto, experimentos mostraram que isso não era verdade: em vez disso, o número de elétrons emitidos dependia da frequência da luz, e havia uma frequência mínima abaixo da qual nenhum elétron era emitido. A energia dos elétrons emitidos dependia tanto da frequência quanto da intensidade: frequência mais alta significava maior energia, enquanto intensidade mais alta significava mais elétrons.
Einstein explicou isso estendendo a ideia de Planck e assumindo que a própria luz é quantizada em pacotes chamados fótons.
Ele sugeriu que cada fóton tem uma energia proporcional à sua frequência, dada pela mesma fórmula de Planck:
E = hf
Ele também propôs que, quando um fóton atinge uma superfície metálica, ele pode transferir sua energia a um elétron. Se a energia do fóton for maior ou igual à função de trabalho do metal, que é a energia mínima necessária para ejetar um elétron da superfície, então o elétron será emitido com uma energia cinética igual à diferença:
EC = hf – Φ
Onde EC é a energia cinética do fotoelétron, e Φ é a função de trabalho do metal.
A explicação de Einstein do efeito fotoelétrico mostrou que a luz se comporta como uma partícula quando interage com a matéria e que sua energia é quantizada em fótons. Isso foi uma mudança radical em relação à física clássica, que tratava a luz como uma onda contínua.
A teoria de Einstein do efeito fotoelétrico foi confirmada experimentalmente por Robert Millikan em 1916, que mediu a energia cinética dos fotoelétrons em função da frequência e intensidade da luz. Ele descobriu que os resultados concordavam com as previsões de Einstein e que havia uma relação linear entre a energia cinética e a frequência, com uma inclinação igual à constante de Planck.
A descoberta dos quanta de energia foi um avanço importante na física, pois revelou que a matéria e a energia não são entidades separadas, mas aspectos diferentes da mesma realidade. Também mostrou que os fenômenos físicos no nível subatômico não podem ser explicados pela física clássica, que presume que a matéria e a energia são contínuas e determinísticas.
Os quanta de energia são essenciais para entender muitos aspectos da física quântica, como a estrutura atômica, linhas espectrais, ligações químicas, lasers e tunelamento quântico. Eles também têm muitas aplicações práticas em campos como ciência dos materiais, nanotecnologia, eletrônica e medicina.
Por exemplo, os quanta de energia são usados para criar dispositivos como células fotovoltaicas, que convertem luz em eletricidade; tubos fotomultiplicadores, que amplificam sinais fracos de luz; e diodos emissores de luz (LEDs), que produzem luz a partir de eletricidade. Os quanta de energia também são usados para medir propriedades como temperatura, pressão, radiação e campos magnéticos.
Os quanta de energia também são importantes para estudar fenômenos como fissão nuclear e fusão, que envolvem a conversão de massa em energia de acordo com a famosa equação de Einstein:
E = mc^2
Onde E é a energia liberada ou absorvida, m é a diferença de massa antes e depois da reação, e c é a velocidade da luz.
Os quanta de energia também estão envolvidos em processos como decaimento radioativo, que ocorre quando um núcleo instável emite partículas ou fótons; e produção de pares, que ocorre quando um fóton de alta energia cria um par elétron-pósitron.
Os quanta de energia são as menores unidades de energia que podem ser transferidas ou trocadas em processos físicos. Eles são os blocos de construção da física quântica, que descreve o comportamento da matéria e energia no nível subatômico.
O conceito de quanta de energia foi proposto pela primeira vez por Max Planck em 1900 para explicar a radiação de corpo negro e posteriormente estendido por Albert Einstein em 1905 para explicar o efeito fotoelétrico. Esses fenômenos mostraram que a energia é quantizada, o que significa que só pode assumir valores discretos que são múltiplos da constante de Planck.
A descoberta dos quanta de energia desafiou a física clássica, que presumiu que a energia poderia assumir qualquer valor e que a luz se comporta como uma onda contínua. Também revelou que a matéria e a energia não são entidades separadas, mas aspectos diferentes da mesma realidade.
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