Definição e Características do Fator de Extensão da Bobina (Fator de Passo)
Definição do Fator de Passo (Kₙ)
O fator de extensão da bobina (também conhecido como fator de acordamento) Kₙ é definido como a razão entre a tensão induzida em uma bobina de passo curto e a tensão induzida em uma bobina de passo completo. A distância entre os dois lados de uma bobina é chamada de extensão da bobina, que é caracterizada por seu ângulo elétrico para indicar o grau de passo curto.
Significado Físico do Passo do Polo
A distância angular entre as linhas centrais de polos adjacentes é chamada de passo do polo, que sempre equivale a 180 graus elétricos, independentemente do número de polos na máquina. Uma bobina com uma extensão de 180 graus elétricos é referida como uma bobina de passo completo, conforme ilustrado na figura abaixo:

Características da Bobina de Passo Curto
Uma bobina com uma extensão menor que 180 graus elétricos é chamada de bobina de passo curto (ou bobina de passo fracionário), também conhecida como bobina acordada. A configuração da bobina de passo curto é ilustrada na figura abaixo:

Enrolamento Acordado e Cálculo da Extensão da Bobina
Um enrolamento estator que utiliza bobinas de passo fracionário é referido como um enrolamento acordado. Se a extensão da bobina for reduzida por um ângulo elétrico α, a extensão efetiva se torna (180 – α) graus elétricos.
Para uma bobina de passo completo, a distância entre os dois lados da bobina é exatamente igual ao passo do polo de 180° elétricos, garantindo que as tensões induzidas em cada lado da bobina estejam em fase. Seja EC1 e EC2 as tensões geradas nos lados da bobina, com EC como a tensão resultante da bobina. A relação é expressa pela equação:

Como EC1 e EC2 estão em fase, a tensão resultante da bobina EC é igual à soma aritmética das duas tensões.
Assim,

Análise Fasorial de Bobinas de Passo Curto
Quando a extensão da bobina de uma única bobina é menor que o passo do polo de 180° elétricos, as tensões induzidas em cada lado da bobina EC1 e EC2 exibem uma diferença de fase. A tensão resultante da bobina EC é a soma fasorial de EC1 e EC2.
Se a extensão da bobina for reduzida por um ângulo elétrico α, a extensão efetiva se torna (180 – α) graus. Consequentemente, EC1 e EC2 estarão fora de fase por α graus. Como mostrado no diagrama fasorial acima, a soma fasorial EC corresponde ao vetor AC.
O fator de extensão da bobina Kc é expresso como:

Vantagens Técnicas das Bobinas de Passo Curto (Enrolamentos Acordados)